quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Família


  Não sou teórica, teóloga ou filósofa, pscicóloga ou coisa do gênero. As palavras que se seguem são fruto de uma reflexão pessoal, resultante de observação e vivência, e expressam o que considero um ciclo de desenvolvimento e evolução naturais e  plenas, de cada indivíduo. O texto é de livre interpretação e identificação e, quem dera, inspiração...

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Família: Ciclo e significados.

     Se pudéssemos escrever todas as palavras com significados ligados a ela, teríamos uma lista bastante extensa... E estou  aqui lutando por dentro, tentando resistir á tentação de colocar quantas palavras eu puder, afinal, amo listas, palavras e brain storms e sobretudo montar imgens com elas no wordle. Vício.
A família é muito importante.Muito além do que podemos nos dar conta. E eu penso sempre sobre isso. Penso muito. E é incrível o quanto estes mesmos significados, vão se transformando ao longo da nossa vida.
Somos como computadores, e a família é nossa configuração, o processador, a placa mãe, que determinam como os nosso periféricos irão operar. Somos como tecidos em branco, e a família as nossas estampas e texturas que determinam que tipo de tecido seremos. Hoje é tudo tão claro, mas por muitas vezes minha relação com minha família  foi bem confusa e nebulosa, ás vezes amistosa, ou doentia, de repulsa, de extrema preocupação, ou de indiferença completa. É. De fato as coisas mudam muito, muitas vezes. Nós mudamos, e a visão de mundo, das coisas, das pessoas muda também. (Fugi da lista, mas não posso concluir este pensamento sem outra obcessão minha: tópicos, padrões e tabelas...) Poderia até mesmo classificar estas relações, tanto pelo que vivi, quanto pelo que observo até hoje.
        Até 5 anos, a família é fundamental para a nossa sobrevivência e dignidade. Representa proteção, abrigo, alimento, fonte de todo o afeto que necessitamos, toda a aceitação e incentivo.O ambiente da casa atua profundamente em nossa personalidade. Aos 10 anos a família é nossa identidade. Na escola passamos a comparar a nossa família e a história da pesssoas que fazem parte dela com as dos colegas, amigos primos. Felizes aqueles que nesta idade tem uma condição privilegiada. Este são mais fortes; ou pelo meons se sentem assim. Até os 15 anos, o indivíduo começa a questionar-se e interessar-se por outras realidades, cansando da sua própria. A família começa a representar um limite para si mesmo e muitas vezes obstáculo para o seu crescimento. Sempre de acordo com padrões externos. A elaboração deste dilemas vai determinar os próximos 5 anos. Os problemas e defeito vão se tornar maiores. As virtudes das pessoas se tornarão pálidas. Aqueles que eram indispensáveis, vão pouco a pouco perdendo o seu valor. Os amigos agora tem uma importância maior. Dos 20 aos 25 as implicâncias diminuem e os erros de cada um não são mais tão graves, afinal, qualquer um está sujeito a errar também... pensa o indivíduo. A tragetória e o correr dos anos fica mais clara na mente. A história de uns e outros se mistura. Mas ainda assim vão pouco a pouco ficando pra trás, sendo parte do passado pois, ainda existe um futuro todo pela frente. E o desejo, ainda que estranho, de ter a própria família. Aos 30 percebe-se que os pais tem mais importancia do que se imaginava. E deixaram marcas mais profundas do que se poderia pensar. Eles influenciaram a forma de pensar, de viver, de comer, de sentir, e sua nova casa tem muitas coisas parecidas com a casa deles. Coisas que ele mesmo não gostava quando vivia lá. E assim algo novo começa a crescer, com raízes profundas: o respeito e o reconhecimento. Com 35 anos a própria família, e a casa dos pais, passa ser a motivação para os planos e projetos, os desafios profissionais, a recompensa dos sacrifícios. Daí em diantes os amigos perdem o grande valor que receberam antes. Ver a família bem é o que mais importa agora. Os filhos crescem, e as realização deles é mais importante do que qualquer outra coisa que se tenha conquistado. E os filhos dos filhos chegam. Precisam vencer também... e o sorriso deles alegra mais do que tudo. Estes também estão grandes e agora, quem precisa de ajuda é você. Lhe fogem as forças e a lucidez. O corpo está gasto e já não aguenta a força do espírito. E a família volta então,  a ser fundamental á sobrevivência e dignidade. É proteção, abrigo, alimento, fonte de todo o afeto, a aceitação e incentivo. Como no início.

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